Estórias com Valores - Das Virtudes
A Lição da Paciência
Um mandarim que se preparava para desempenhar um importante cargo oficial recebeu a visita de um amigo que lhe foi apresentar as despedidas.
Abraçaram-se e o amigo recomendou-lhe:
— Acima de tudo, no desempenho das tuas importantes funções, nunca percas a paciência.
Prometeu o mandarim que nunca esqueceria este precioso conselho.
Três vezes repetiu o amigo a mesma recomendação, provocando o enfado do mandarim. Quando se preparava para o fazer pela quarta vez, o mandarim exaltou-se e gritou:
— Basta, eu não sou surdo e muito menos sou um imbecil!
Então o amigo, acalmando-o com a mão posta sobre o seu ombro, fez este comentário:
— Podes assim ver como é importante ser paciente. Três vezes ouviste o meu conselho, já não conseguindo dissimular o enfado. À quarta vez não conseguiste controlar a fúria. O que acontecerá quando, no desempenho do teu cargo, tiveres de ser verdadeiramente paciente?
O amigo baixou os olhos para o chão e limitou-se a suspirar.
J. J. Letria
Contos da China antiga
Porto, Ambar, 2002
Via Clube Contadores de Histórias
Um mandarim que se preparava para desempenhar um importante cargo oficial recebeu a visita de um amigo que lhe foi apresentar as despedidas.
Abraçaram-se e o amigo recomendou-lhe:
— Acima de tudo, no desempenho das tuas importantes funções, nunca percas a paciência.
Prometeu o mandarim que nunca esqueceria este precioso conselho.
Três vezes repetiu o amigo a mesma recomendação, provocando o enfado do mandarim. Quando se preparava para o fazer pela quarta vez, o mandarim exaltou-se e gritou:
— Basta, eu não sou surdo e muito menos sou um imbecil!
Então o amigo, acalmando-o com a mão posta sobre o seu ombro, fez este comentário:
— Podes assim ver como é importante ser paciente. Três vezes ouviste o meu conselho, já não conseguindo dissimular o enfado. À quarta vez não conseguiste controlar a fúria. O que acontecerá quando, no desempenho do teu cargo, tiveres de ser verdadeiramente paciente?
O amigo baixou os olhos para o chão e limitou-se a suspirar.
J. J. Letria
Contos da China antiga
Porto, Ambar, 2002
Via Clube Contadores de Histórias
Comentários
Mas vou tentar seguir o conselho do amigo!!!
Antes de ir com o alho porro na mão a atacar os portuenses na Noite de São João, minha cara Fátima, deixo um desafio e um selo no "ematejoca azul".
O selo não tem nada a ver com o desafio. Queria oferecer esse selo a todos os meus leitores, quando o "emateja azul" completou os 2 anos. Tentei escrever nele o nome do blogue, mas não consegui. Ofereço-o agora, mesmo sem nome, para não se esquecerem da ematejoca azul durante a sua estadia na cidade invicta.
Abraço ainda de Düsseldorf!
Um beijinho com votos de boa estadia por terras lusas.
:)
... e eu acrescento, muito amor, tempo e dedicação em famíla. Pois, não devemos esquecer a missão primordial da família - Educar. Compete sobretudo à família trasmitir este e outros valores universais. Que melhor ninho de treino podemos desejar para aos nossos filhos e alunos?
A propósito desta história vou contar-te outra.
Quando eu estava a preparar o meu casamento, um dia recebo a visita de uma familiar, bastante mais velha que eu, muito alegre, mas com uma sabedoria muito própria.
Dentro de uma caixinha trazia um berlinde para me oferecer e disse--me.
Quando, depois de casada tiveres que dar uma resposta algo controversa ao teu marido, primeiro mete o berlinde na boca e deixa-o lá ficar alguns segundos.
Quando o retirares vais reparar que a resposta já não sairá com a "força" inicial e se calhar muito mais ponderada.
É isso! se houver paciência e reflexão, a vida decorrerá sem grandes sobressaltos.
Um beijinho
Licas
Um abraço.