Hora da Poesia e da Esperança


A um poeta

Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,

Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afuguentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...

Escuta! é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! são canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!

Ergue-te pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!

Antero de Quental

Comentários

ematejoca disse…
Bom dia Fátima!

Que persistente fascínio tem para mim a poesia de Antero de Quental.

As palavras que escreveu ao Artista Maldito foram muito ternas. Gostei muito, que o fizesse. Seria uma grande perda, se nos deixasse.

Saudacões da Ema e Teresa
Olá amiga Fátima
Bonita escolha para valorizar o seu espaço: este soneto de Antero de Quental.
Muito obrigado pela sua amizade. Não me afectaram as críticas (aceito-as sempre bem) mas as tricas. E quem saíu ferido fui eu!
Beijinho
António

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