Inquietações...


De dizer não


As palavras mais importantes em todas as línguas são palavras pequenas.

“Sim”, por exemplo. Amor. Deus. São palavras que saem com facilidade, e preenchem espaços vazios em nosso mundo.

Entretanto, existe uma palavra - também muito pequena - que temos dificuldade em dizer: “não”.

E nos achamos generosos, compreensivos, educados. Porque o “não” tem fama de maldito, egoísta, pouco espiritual.

Cuidado com isto.

Há momentos em que - ao dizer “sim” para os outros, você está dizendo “não” para si mesmo.

Todos os grandes homens e mulheres do mundo foram pessoas que, mais do que dizer “sim”, disseram um “NÃO” bem grande a tudo que não combinava com um ideal de bondade e crescimento.

Jamais diga um “sim” com os lábios, se seu coração diz “não”.

Paulo Coelho, 2008

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Nota: Ser congruente nas palavras e nos actos, revela a honestidade, a nobreza de carácter do ser humano, torna-nos mais dignos, mais pessoas... ajudará também os que nos rodeiam a crescer integralmente como pessoas. A aprendizagem por modelação tem efeitos extraordinarimente eficazes (para o bem e para o mal).

Comentários

Anónimo disse…
Ora aqui estou eu, que nunca, injustamente talvez, quis ler o famosíssimo Paulo Coelho, (e injustamente porque decidi por uma questão de não-empatia apenas) a concordar com ele. E de que maneira! Ainda fiz o Curso de Ciências pedagógicas e lembro-me de ter ficado impressionada com uma leitura que tive que fazer, que se não era de Piaget era de um dos seus discípulos, e que enfatizava a necessidade de dizer não às crianças. Nessa altura eu tinha filhos pequenos e resolvi, às vezes com custo, seguir as orientações. Graças a Deus! Às vezes doía, mas hoje estamos todos gratos aos "Nãos" que eu lhes disse.
Infelizmente, e de "um saber de experiências feito", tenho dito muitos "sins" por aquilo que julgava ser Amor (Amor no seu sentido mais lato, entenda-se) quando sentia que deveria dizer "Não". Ninguém ficou a ganhar. Um "Não" sentido e justo é um presente. Quando nos disserem um "Não" firme é melhor pensarmos duas vezes no que queríamos.
Obrigada, Fátima, por me ter ajudado a ser menos injusta para com o Paulo Coelho. Mas que ainda não me apetece ler... Vou dar mais tempo ao tempo.
Carmo Cruz
Fátima André disse…
Carmo,
Muito obrigada pelo seu testemunho.
Congratulo-me por saber que este post contribuiu de alguma forma para repor a justiça.
Quando sentir vontade de ler Paulo Coelho, escolha da vasta lista de obras do autor aquela que lhe parecer mais sugestiva e escreva-me. Terei o maior prazer em lhe enviar e oferecer a sua primeira leitura.
Um abraço.

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